A HORA E A VEZ DA TECNOLOGIA
Este Blog tem a função de abrir discussão, ouvir, receber sugestões sobre as tecnologias na educação.
Convido ao leitor para enriquecer com o seu conhecimento esse tema que é tão rico e necessário, porém muito pouco discutido e comentado pela classe de professores e sobretudo pela massa de alunos que frequentam costumeiramente as lans houses e utiliza vários mecanismos de aparato tecnológico para a sua diversão, comunicação, etc, mas dificilmente utiliza-se desse conhecimento e prática no dia-a-dia da sala de aula.
É possível perceber uma gama enorme de professores e professoras que por algumas razões pararam no tempo e não conseguem acompanhar o avanço da tecnologia na educação e fora dela, deixando assim de utilizar as ferramentas que são largamente usadas pelos alunos em benefício da educação, da aprendizagem e da satisfação profissional.
Não é possível imaginar aulas e práticas pedagógicas ultrapassadas quando somos rodeados de tantas novidades em todos os setores da sociedade. É possível também encontrar a exploração apenas do lado negativo de alguns desses recursos, porém, cabe ao professor descobrir, inserir e utilizar para o benefício próprio do fazer pedagógico.
Sávio.
3 comentários:
INFOCENTRO – PAULO AFONSO-BA
CIÊNCIA X TECNOLOGIA
A ciência é importante
No desenvolvimento de um país
Possibilita ao ser humano
Uma vida mais saudável e feliz.
Vacinas, remédios, computadores e internet
Máquinas ,avião e televisão
Isso é tecnologia
Determinando sua aplicação.
Descobertas as vezes nos assustam
Provocam até discussão
Ciência e tecnologia
Na vida do cidadão.
Clonagem, armas que ameaçam
Ciências sem reflexão
Conhecimento e desenvolvimento
Exigindo nova visão
Ciência é pra compreender o mundo
Tecnologia pra facilitar
Necessidades e desejos
E a nossa vida melhorar.
Ciencias exatas ou naturais
Meio ambiente agredido
Potentes aparelhos e substancias
E o homem ainda perdido
Nem de uma coisa
Nem de outra
Podemos abrir mão
Ciencia é arte, é vida
Tecnologia inovação.
Apesar de tanta complexidade
E dos problemas do mundo
A ciência é a conquista
Dos mistérios mais profundos.
De imediato concedo o crédito
Você pode até não entender
Ciencia e tecnologia
Ajudando a gente a viver.
Computadores na Educação.
Estamos em uma era onde a cada momento surgem inúmeras especializações e infinitas informações. A nossa capacidade está distante de poder abarcar todo o saber elaborado a sociedade solicita um homem que saiba trafegar não só pelos meandros de uma área específica, mas que também não se inibe com a incerteza e velocidade das transformações da técnica. O mundo contemporâneo tornou-se totalmente globalizado e altamente tecnificado, fazendo surgir uma competição quase selvagem entre as nações que demanda cada vez mais pessoas qualificadas, tanto culturalmente como em escolaridade formal. As habilidades exigidas são cada vez mais sofisticadas pois a evolução do modo de produção despreza o trabalho desqualificado e repetitivo, substituído eficientemente pela automatização e robotização.
Devido a estas dificuldades, a educação é mais do que nunca um dos pilares para a construção de qualquer sociedade que pretenda ser desenvolvida. O uso de computadores na educação alegam que a informática possui uma ação positiva para o desenvolvimento da capacidade cognitiva e provoca um rompimento da relação vertical entre alunos e professor da sala de aula tradicional, fazendo do aprendizado uma experiência mais cooperativa. As radicais transformações da informática nos anos noventa reforçaram ainda mais a adoção dessa tecnologia nos meios educacionais. Hoje seus benefícios são de conhecimento geral.O uso da informática melhora a capacidade cognitiva dos indivíduos, muda o preceito que é necessário saber as coisas de cor, e coloca as informações extremamente próximas das pessoas. Podemos ver pela mídia que a educação é um tema bastante explorado nos nossos dias pela publicidade de várias organizações e principalmente pelo governo. É um assunto do momento, como já o foi outras vezes.
Fatima Nery
(Especilaista em Informática Educativa )
Introdução BA_02
O uso da informação, através da linguagem digital, tem transformado o cotidiano da sociedade globalizada. Os avanços tecnológicos estão presentes em nossa sociedade facilitando a comunicação entre as pessoas, despertando os interesses, conquistando espaço, diminuindo distâncias, motivando a busca pelo conhecimento.
Simultaneamente, desenvolve-se um grande interesse pelas TIC’S, em especial, os computadores que aos poucos foram chegando às escolas. Essa novidade trouxe consigo muita euforia, mas também grandes preocupações devido à ausência do planejamento específico para o aproveitamento desse recurso na educação, gerando um distanciamento a ser superado.
Segundo Barbero, “Na sociedade tecnológica, a escola pode contribuir para formar cidadãos autônomos e conscientes, organizando experiências nas quais os alunos possam trabalhar sua postura crítica diante da massa de informações e mensagens que os bombardeiam sem cessar todo dia”.
Diante do exposto começou-se a analisar essa realidade na cidade de Paulo Afonso (Ba), em um dos maiores colégios públicos estaduais. O Colégio Estadual Carlina Barbosa de Deus possui várias turmas de ensino médio, sendo aparelhado com um laboratório de informática adquirido através do Programa Nacional de Informática na Educação – PROINFO e que, de acordo com alguns professores, é utilizado de forma precária, pois, dada a necessidade de utilizar o computador para enriquecer a metodologia das aulas, depara-se com alguns problemas que a primeira vista parecem insolúveis:
- o laboratório dispõe de 14 computadores e as turmas têm em média 50 alunos;
- não é possível atender os alunos no turno oposto pois o professor não tem disponibilidade;
- alguns professores não são capacitados;
- alguns são capacitados mas não se sentem seguros;
- alguns resistem e não querem capacitar-se;
- falta manutenção nos equipamentos.
Diversas disciplinas podem ser beneficiadas com o uso do computador como recurso pedagógico, porém esses resultados poderiam aparecer de forma isolada. Já o trabalho com a Língua Portuguesa pode permitir conquistas interdisciplinares, uma vez que sugere o encontro de vários processos comunicativos que, aliados ao uso do computador, muito pode contribuir para o processo ensino-aprendizagem.
Segundo as ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO,
“O papel da disciplina Língua Portuguesa é o de possibilitar, por procedimento sistemático, o desenvolvimento das ações de produção de linguagem em diferentes situações de interação, abordagens interdisciplinares na prática da sala de aula são essenciais” .
“O uso do computador nas aulas de Língua Portuguesa do Colégio Estadual Carlina Barbosa de Deus” tem como objetivo promover o reconhecimento da Informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de contribuir de forma significativa pra o processo de construção do conhecimento.
Na tentativa de uma melhor compreensão do tema, utilizamos fontes bibliográficas, questionamentos do tipo (pergunta resposta), depoimentos orais e pesquisas na Internet, procurando desenvolver uma proposta de intervenção que venha favorecer as práticas docentes em Língua Portuguesa.
Uma sociedade em constante mudança coloca um permanente desafio ao sistema educativo. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são um dos fatores mais salientes dessa mudança acelerada, a que este sistema educativo tem de ser capaz de responder rapidamente, antecipar e mesmo promover.
1. As TICs na Educação
A perspectiva de que a vida do indivíduo se divide em duas fases, vida escolar e vida profissional, deixou de fazer sentido no contexto atual, dado que a educação e a formação se tornaram uma necessidade constante e, em muitas situações, as pessoas têm de se submeter à nova formação e a reconversão. Por isso o investimento nos recursos humanos é fundamental para uma economia de sucesso e para o equilíbrio social.
Este plano capaz de promover a aproximação das TIC's de maneira decisiva na comunidade escolar pode iniciar criando oportunidades com oficinas e treinamentos que tornem o assunto em discussão familiar desafiador e que também possa servir de interatividade pedagógica e instrumento colaborativo para professor e aluno. Um projeto assim precisa contar com:
a) Infra-estrutura e equipamento;
b) Formação;
c) Conteúdos e serviços de qualidade;
d) Redes e plataformas de cooperação.
O futuro de uma sociedade de informação e do conhecimento depende significativamente do que hoje ocorre nas escolas. As características e a qualidade da ação educativa que aí decorre, as aprendizagens realizadas, as competências e os saberes adquiridos são fatores condicionantes do percurso social a realizar. Uma educação básica capacitadora da cidadania plena para todos pressupõe a existência de conhecimento e de desempenho, de acesso universal e inclusão digital. Estes, consubstanciados num perfil de competências gerais, não podem deixar de levar em conta as implicações específicas e transversais que as TIC's comportam. A escolaridade obrigatória assume, com crescente implicação, todas as consequências que decorrem desta realidade. Pretende garantir que, ao finalizar o nono ano, todos os alunos sejam capazes de utilizar as TIC's, para selecionar, recolher e organizar informação para esclarecimento de situações e resoluções de problemas. A exigência de tal competência pressupõe o desenvolvimento de diversos saberes e competências ao longo de todo o ensino básico. Trata-se de garantir que as escolas assegurem no currículo dos alunos, a possibilidade destes adquirirem uma capacidade significativa na utilização dos computadores e da Internet. Não basta que os alunos sejam capazes de realizar alguns procedimentos elementares no uso das TIC's. O desempenho básico neste domínio pressupõe que desenvolvam, de forma flexível e em momentos distintos, processos de aprendizagem transdisciplinar, com um tempo significativo de prática que lhes garanta a transferibilidade das aprendizagens e a autonomia no uso das TIC's. Implica que o uso das TIC's esteja presente em várias áreas curriculares, de forma que seja assegurado um percurso coerente de formação e a aquisição de um conjunto de competências claramente referenciado.
Neste sentido o ensino básico para além da certificação global que propicia no final do período escolar que encontra o educando, deve dispor de uma certificação básica, que será o reconhecimento da Unidade Escolar através de um certificado conferindo ao aluno domínio no curso oferecido e participado pelo aluno com satisfatório aproveitamento. Este Certificado de Competências Básicas “Em Tecnologias de Informação e Comunicação” deve corresponder ao reconhecimento de que o aluno adquiriu ao longo do ensino básico competências relativas à:
a) aquisição de uma atitude experimental ética e solidária no uso das TIC's;
b) capacidade de utilização do computador;
e) desempenho no manuseamento do software utilitário essencial;
d) capacidade de recolha e tratamento de informação designadamente com recurso à Internet;
e) desenvolvimento de interesse e capacidade de auto-aprendizagem e trabalho criativo com as TIC.
Um professor com competências básicas em TIC's terá conhecimentos e competências (habilidades) em cinco vertentes:
1) Atitudes positivas, numa perspectiva de abertura à mudança, receptividade e aceitação das potencialidades das TIC's, capacidade de adaptação ao novo papel do professor como mediador e orientador do conhecimento face aos alunos estimulando o trabalho em grupo;
2) promoção de valores fundamentais no uso das TIC's incluindo a atenção as questões de segurança/vigilância sobre a informação na Internet. As questões de direitos de autorais e éticas relativas à utilização das TIC's, etc.;
3) competências de ensino genéricas sobre quando utilizar e como integrar as TlC's nas diferentes fases do processo de ensino, partindo do plano até à avaliação e modo de usar as TIC's para estimular as dinâmicas da escola;
4) as competências para o ensino da disciplina/área curricular, incluindo o modo como integrar as TIC's no currículo, conhecer e avaliar software educacional, como explorar os recursos existentes na escola, estar familiarizado com o equipamento, estar atento a questões de segurança/vigilância sabre a informação na Internet, as questões de diretos autorais e éticas relativas à utilização das TIC's, a questões relativas às condições de acessibilidade da Internet para públicos com necessidades especiais;
5) capacidades de manuseamento das ferramentas, incluindo software utilitário e de gestão pedagógica, em contexto educativo A certificação das competências na formação inicial dos professores está enquadrada no grau conferido pelos respectivos estabelecimentos de ensino, A certificação da formação contínua de professores deve prosseguir no sistema existente aumentando a oferta das ações de formação.
2. As TIC’S na Sociedade
A utilização das tecnologias na sociedade vem sendo uma prática histórica. Sabe-se que desde a pré-história com a descoberta do fogo e da agricultura o homem utiliza artefatos que facilita o seu dia-a-dia, modificando o seu modo de trabalhar, de se comunicar, de viver. Para o filósofo francês Gilberto de Simondon:
“o homem iniciou seu processo de humanização, ou seja, de diferenciação de seus comportamentos sem relação aos demais animais, a partir do momento em que utilizou os recursos existentes na natureza em benefício próprio. Pedras, ossos, galhos e troncos de árvores foram transformados em ferramentas pelos nossos ancestrais pré-históricos. Com esses materiais procuravam superar suas fragilidades físicas em relação ás demais espécies. Contava o homem primitivo com duas grandes ferramentas naturais e distintas das demais espécies: o cérebro e a mão criadora.”(in TV na Escola nos Dias de hoje, p.13)
Nas antigas civilizações orientais (Egito e Civilizações mesopotâmicas) os recursos tecnológicos eram utilizados para as práticas agrícolas, construção de monumentos e deuses para adoração. As civilizações greco-romanas priorizaram os avanços tecnológicos para a conquista de outros territórios através de armamentos. Na sociedade feudal a agricultura ganha força com a utilização de instrumentos simples feitos com madeira, já que o ferro era de difícil aquisição. No século XV, a Expansão Marítima Européia e a conquista de novos continentes só foi possível graças aos progressos técnicos e científicos, como a bússola, o astrolábio e a caravela. Como avanço das tecnologias acontece conseqüentemente uma mudança na sociedade.
Assim como a descoberta do fogo, do ferro, a criação de cada instrumento que facilitou a vida do homem através dos tempos, contribui de forma significativa para a transformação da sociedade. Atualmente as Tecnologias de Informação e conhecimento provocam uma alteração social, considerando que:
A sociedade tecnológica, baseada nas possibilidades de informação e comunicação da mídia, caracteriza-se por uma articulação global do mercado econômico mundial e por mudanças significativas na natureza do trabalho e sua organização, na produção e no consumo de bens. Mas é sobretudo no papel atribuído ao conhecimento científico e às TIC e nas formas de acesso, aquisição e utilização dessas informações que é possível observar ao novos fatores de mudança e de dinamismo econômico e social.
(TV Na Escola Os Desafios De Hoje,p.16)
É preciso reconhecer as TIC’s não devem ser entendidas como uma invasão das tecnologias à sociedade, mas como uma grande conquista da humanidade que pode facilitar o cotidiano das pessoas, permitindo a acessibilidade a novos conhecimentos, a disseminação de culturas e uma dinâmica de aprendizagem que ultrapassa fronteiras.
É imprescindível democratizar a utilização das TIC’s. Promover o acesso a todas as pessoas é uma forma de garantir a cidadania, onde oportunidades iguais deixam de ser utopias e tornam-se realidades. Ressalta-se que um dos fatores que desencadeia mudança social são as descobertas científicas, ratificando que a democratização das TIC’s pode ser um caminho para uma sociedade mais justa.
3- As TIC’s e a escola
As tecnologias de informação e comunicação costumam ser usadas como mídias voltadas para a informação e entretenimento de um público alvo.
Com a enorme influência das TIC sobre os meios de produção e comunicação, a escola precisa urgentemente integrar-se se não quer ficar definitivamente isolada. Porém, não podemos pensar que elas poderão ser a solução para uma escola em crise, pois não passam de ferramentas de ensino e, como tal, tanto podem ser usadas para novas práticas pedagógicas centradas no aluno, como podem servir apenas para transmitir conhecimentos, seguindo um modelo tradicional, em que o professor e os conteúdos programáticos ocupam o centro do processo educativo.
A entrada das TIC's na educação pressupõe que seja intensificada a formação dos professores, procurando proporcionar mais do que uma competência de manipulação de computadores, a capacidade de fazerem uma reflexão crítica sobre as TIC's e sobre as suas possibilidades de utilização pedagógica.
Em educação, esse uso deve acontecer de uma forma bem diferente. Os fins a que se destinam devem ser predefinidos e estar diretamente articulados com os objetivos propostos, o que modifica as concepções e o papel do professor no processo ensino-aprendizagem.
Diante de tantas inovações, a escola passa por um período de turbulência onde as pessoas envolvidas no processo educativo, apesar de serem determinantes nesta ação, nem sempre estão dispostas a inserir a utilização das TIC’S em sua prática pedagógica ou o fazem como simples suportes, sem que se faça um trabalho que vise o desenvolvimento de novas competências e habilidades.
As tecnologias de informação e comunicação são mais do que simples suportes. Elas interferem nos modos de pensar, sentir, agir, relacionar-se socialmente e adquirir conhecimentos. Criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade. (In TV na escola e os desafios de hoje, p.16)
As TIC’s ampliam o espaço da sala de aula, porém, muitas delas não estão inseridas numa proposta formal de ensino, o que exige do professor a realização de um trabalho pedagógico anterior e posterior à ação, visando à formação de alunos autônomos e conscientes do seu papel na sociedade.
Ensinar com as TIC's deverá corresponder a uma prática educativa global, planejada, inserida numa ampla estratégia educativa centrada no aluno, tornando-os ativos e criativos, renovando as formas de acesso aos conhecimentos e oferecendo novas formas de aprendizagem.
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